Uma política de inovação é fundamental, tanto para empresas quanto para instituições. Afinal, é na nela que estão as regras.
Essa política pode ser entendida como um documento que contém regras e processos. Assim, eles definem o que a empresa ou a instituição possuem para tratar o tema inovação.
Contudo, não são apenas os modelos de contrato que precisam estar definidos. Toda a forma de atuação para a promoção da inovação também são necessárias.
Exemplo de alguns pontos que a política de inovação pode tratar:
- Como a empresa se relaciona com a instituição e vice-versa?
- Quais são as regras para royalties?
- Como se deve tratar o inventor interno?
- De que forma se deve tratar o inventor externo?
- Qual é o departamento que cuida das atividades de inovação?
- Caso alguém tenha alguma ideia, faz o quê?
- No caso da instituição, caso alguém queira empreender, faz como?
- Como se faz a transferência de tecnologia?
- De que maneira se recebe tecnologia de instituições?
- Como se protege a propriedade intelectual?
- Quais são os instrumentos jurídicos que devem balizar as iniciativas de inovação?
A política de inovação é o grande documento que vai reunir todas as regras!
A obrigatoriedade da política de inovação para as instituições públicas
A Lei de Inovação brasileira prevê que instituições públicas de ciência, tecnologia e inovação, tenham uma política definida. Isso para que as regras sejam transparentes à sociedade.
Mas, a grande maioria das instituições não possuem esse documento formalizado. Aliás, possuem atos e portarias com algumas regras. Porém, mas não uma política completa de fato. E como ninguém fiscaliza, assim ficamos.
O interessante é entender que é uma obrigação da instituição ter a sua política definida. Não se trata de desejo deste ou daquele, mas de uma determinação legal.
Mas como organizar essa política?
Organizar essas informações dá um tanto de trabalho. Mas, se a proposta for ser transparentes, é preciso pensar na definição da política. Essa definição passa pela discussão com o time, pela escolha das regras e pela definição de prioridades.
Além disso, a política é um documento. Porém, ele não deve ser considerado algo engessado e imutável. A inovação é algo dinâmico e a política precisa perver essa flexibilidade.
Para iniciar a construção de uma política de inovação, é possível seguir alguns passos:
- Organize, inicialmente, todas as atividades em torno da temática. Escute diretores e equipe técnica para não perder nenhuma ação;
- Sente com o time e estabeleça as prioridades das regras inicias;
- Desenhe os processos prioritários;
- Defina os instrumentos jurídicos;
- Descreva as atividades, o objetivo, o porquê , as regras e quais instrumentos jurídicos podem ser usados.
No caso de uma instituição pública, o caminho é mais longo. Isso porque pode envolver diferentes departamentos, regras internas etc. Mas, não é porque o caminho é mais longo, que ele é impossível.
Uma boa sugestão é olhar como outras instituições públicas fizeram suas políticas. Muitas delas estão disponíveis na internet. Ter um bom modelo para se basear é sempre um ótimo passo inicial.
Para começar é preciso entender a inovação como estratégia. Os elementos de gestão da inovação, como a política de inovação, podem ser construídos. Eles darão maior clareza e serão como um guia para as ações de curto e médio prazo.
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