Todos os anos, em outubro, eu me lembro de agendar meus exames de rotina para prevenção de câncer de mama. Assim que começa a campanha do Outubro Rosa, lá estou me vendo questionada por familiares e amigos próximos: Tati, já agendou seus exames? Outubro chegou!
Uma pausa nos assuntos de inovação, para falar de um assunto muito importante! Acredito que esse seja o objetivo dessa campanha nacional. Lembrar e relembrar da importância dos cuidados com a saúde e do diagnóstico precoce da doença.
Assim como para mim ela serve como um lembrete anual. Acredito que deva exercer o mesmo papel na vida de outras tantas mulheres que na correria do dia-a-dia, esperam esse despertador tocar para incluir na agenda os exames preventivos.
O Outubro Rosa é uma causa nobre. É um alerta para uma doença que muitas de nós acredita que só se desenvolva na família alheia e nunca na nossa, nunca com a gente. Mas ela pode chegar… e chega. Tenho vivido de perto essa realidade com uma pessoa muito próxima que com os exames rotineiros detectou o câncer de mama em estágio primário. Esse diagnóstico precoce facilitou o tratamento, pois os remédios são menos agressivos e a chance de cura é bem mais alta.
Apesar dos anos de trabalho em prol da causa, muitas mulheres ainda não têm o hábito de realizar exames e se consultar regularmente com médicos
Em 2018 foram registrados 59.700 novos casos de câncer de mama em mulheres no Brasil. Esse é o tipo da doença que mais se desenvolve no sexo feminino, seguidos de câncer no Cólon e Reto e depois pelo de útero.
Marketeiros de plantão, cuidado, não usem o Outubro Rosa para vender produtos
Há uma linha muito tênue entre divulgar a campanha e se aproveitar da causa para divulgar seu produto. Colocar no logo da empresa o símbolo do Outubro Rosa, incentivar o auto exame e os exames de rotina, realizar campanhas de endomarketing para conscientizar as colaboradoras da importância de se cuidarem, tudo isso é muito válido e necessário, mas a autopromoção intitulada de conscientização pode não ser a melhor estratégia.
Com o público buscando cada vez mais empresas humanas, que defendam causas e se posicionem no mercado, usar uma roupagem rosa em um post nas redes sociais apenas para divulgação e venda de produtos que nada contribuem com a campanha coloca em risco a credibilidade a ética da empresa.
Nesse sentido, para nós que atuamos com a inovação, sabemos que só se inova a partir de pessoas e cuidar de pessoas deve fazer parte de qualquer negócio que queira crescer e ter como mote à inovação.