Inovação não dá em árvore. Você não pega no ar. Muito menos recolhe numa pedra. Inovação é um processo social. Ou seja: é feita por pessoas e para pessoas. Isso significa que ela não é feita para ou por máquinas.
Dessa forma, o que quero ressaltar no texto de hoje é que a tecnologia pode (e deve) ser utilizada no processo de inovação. Porém, ela é o meio, mas o fim são as pessoas.
Por que é importante entender que a inovação depende das pessoas?
Quando colocamos uma solução inovadora no mercado, a ideia é melhorar a vida de pessoas de um modo geral. Assim, podemos até dizer que não existe inovação sem ter pessoas.
Tem muita gente que quer inovar e acha que precisa implantar Inteligência Artificial, Blockchain, trabalhar com NFT. Mas, inovar não é ter simplesmente a tecnologia. Até porque, sem pessoas não há inovação. Ah, e lembrando que nem toda inovação é tecnológica.
Dessa forma, não devemos escolher a tecnologia, mas sim como melhorar a vida das pessoas. Esse é o foco. Assim, a tecnologia deve ser o meio e não o objetivo.
Portanto, se queremos ter resultado, é necessário estar atento a isso.
Por exemplo: um programa de inovação interna com colaboradores. Para que ele aconteça, precisamos ter em mente que não são só as ideias que importam. Mas, todo o envolvimento do time.
Além disso, a responsabilidade e a análise do impacto que aquela ideia terá em determinado grupo de pessoas também é necessária.
Isso quer dizer que a tecnologia é ruim?
Claro que não! É preciso entender que a tecnologia não é ruim. Muito pelo contrário! Apenas é preciso ter em mente que as máquinas ou a tecnologia são o meio. Não o fim.
Até porque, fazer um processo de inovação com pessoas e tecnologias é fundamental. Ou seja: são ligados. Inerentes até.
Porém, o foco está nos benefícios para determinados grupos. Dessa forma, o planejamento e a execução são feitos em cima do que importa de fato.
No livro Loonshots: How to Nurture the Crazy Ideas That Win Wars, Safi Bahcall diz que quando uma empresa pensa em inovação, primeiro é preciso definir a estrutura.
Essa estrutura envolve pensar em como determinada solução terá um impacto. Ou seja, nessa definição, não devemos começar com o “o quê” ou “como”. E sim com o “por quê”.
Dessa maneira, pensa-se primeiro no problema que se quer resolver para benefício do outro. Assim, facilita a nossa intenção, pois os caminhos traçados são voltados para o fim e não para o meio.
Uma dica é lembrar que quem trabalha ativamente com atividades de inovação são pessoas. Ora, então, se no próprio processo há mãos e cabeças, por que o final seria diferente?
Empresas tradicionais e a cultura a inovação
Entretanto, é muito comum que as empresas tradicionais tenham dificuldade de pensar em tudo isso que falamos até aqui. Até porque, é muito mais comum pensar no “como a solução vai vender” ao invés do “por que isso vai ajudar alguém”.
Dessa forma, é necessário trabalhar a cultura da inovação com enfoque nas pessoas. Assim, traçar uma estratégia inicial com esse pensamento também auxilia na criação de uma cultura de inovação mais humanizada dentro do ambiente de trabalho.
Portanto, pensar no motivo para inovar é a chave para focar nas pessoas e não nas máquinas.