Sabemos que a inovação e a tecnologia devem ser consideradas como premissas para o desenvolvimento dos países, mas mesmo tendo essa premissa como base, ainda não conseguimos vencer esse desafio no Brasil.
O mundo como se orienta hoje nos coloca grandes perspectivas, caminhos que podem ser entendidos como antagônicos ou tortuosos. Porém, de fato, o que precisamos é tornar a inovação e a tecnologia como norte para que seja possível percorrer o caminho do desenvolvimento e do crescimento sustentável, seja ele social, econômico e ambiental.
Como possibilitar a inovação e a tecnologia
Klaus Schwab e Nicholas Davis, ambos do Fórum Econômico Mundial, escrevem no livro Aplicando a Quarta Revolução Industrial:
De que tipo de pensamento e de instituições precisamos para construir um mundo onde todos tenham a oportunidade de desfrutar dos mais altos níveis possíveis de desenvolvimento humano? Para viabilizarmos um futuro tão justo e inclusivo, teremos de reajustar a nossa mentalidade e nossas instituições.
Para esses dois autores é preciso pensar a partir de quatro novas perspectivas:
- Pensar em sistemas e não em tecnologia;
- Trabalhar empoderamento e não influência;
- Ter a perspectiva de design e não de padrão; e
- Se basear em valores como recursos para o desenvolvimento de tecnologias.
E o que isso significa? Significa que teremos que repensar a forma como lidamos com a tecnologia e como ela pode gerar inovações. O pensamento e as atitudes para a premissa de desenvolvimento devem levar em conta aspectos maiores do que simplesmente o financeiro.
A perspectiva de inovação, principalmente, a tecnológica deve ter agora o compromisso de fazer diferente. E segundo Klaus Schwab e Nicholas Davis isso será possível quando entendermos que:
Precisamos primeiro compreender quais são as necessidades humanas em relação à tecnologia, e como poderíamos alinhar e incorporar valores humanos positivos às tecnologias que estão mudando o mundo.
É preciso pensar numa perspectiva de inclusão de pessoas, de empoderamento, de produtos que realmente resolvam problemas, de sistemas que tragam soluções, de desafios mundiais que precisam ser vencidos. Ou seja, é preciso pensar a inovação para além do ponto central interno da empresa. É necessário que essa empresa tenha o compromisso de uma inovação que realmente crie uma nova perspectiva de mundo. Está em nossas mãos fazer diferente. Vamos em frente!