Quando falamos em inovar, falamos também em explorar novos mercados, novas soluções e, claro, novos clientes. E isso, muitas vezes, acaba saindo do core business inicial da empresa. 

Porém, ao buscarmos startups para atuar em conjunto na inovação aberta, é necessário olhar o mundo. Dentro e fora do nosso próprio nicho. Dessa forma, é preciso expandir redes de atuação e diversificar negócios. 

Além disso, diferentes segmentos auxiliam a ampliar a capacidade de diluir investimentos e ter mais rentabilidade. 

Vamos conversar um pouco mais sobre esse assunto no artigo de hoje. 

Antes de tudo, o que é core business

Core business é, de maneira geral, o que a empresa faz. Ou seja, é a atividade principal de uma instituição. É por meio dele que se determina a parte central da organização e se definem as atividades gerais.

O core (informalmente apelidado) é a essência da organização. Traduzido, seria chamado de o núcleo de negócios. 

É preciso mantê-lo organizado e forte para ter espaço e olhar para outros ramos. Mas, ele também não pode ser uma cerca para a busca de ideias e criação de inovações. 

Até porque, precisamos olhar para fora para encontrar novas soluções. E isso significa olhar para outros mercados e para outros clientes.

O que startups de outros segmentos têm a ver com inovação?

Quando eu digo que é necessário olhar fora do core business para a busca de startups, não estou dizendo que ele não é importante. Aliás, muito pelo contrário. E que isso fique bem claro. 

É fundamental ter estratégias e atividades com startups para nosso segmento atual. Porém, há um mundo a ser explorado que, talvez, pela demanda do dia a dia, estamos deixando de observar.  

No mundo da inovação, precisamos pensar além. Portanto, é ideal que enxerguemos mais horizontes. Até porque, se você não olhar, estará apenas resolvendo o problema do hoje. 

E, por outro lado, seu concorrente pode já estar pensando no problema de amanhã. Ou seja: em novos mercados, novos nichos, clientes etc.

Os três horizontes

Lá em 2009 a Mcksinsey já trazia a ideia dos três horizontes como forma de a empresa diversificar investimentos. 

De acordo com o artigo, “para atingir níveis consistentes de crescimento ao longo de suas vidas corporativas, as empresas devem atender aos negócios existentes e ainda considerar as áreas em que podem crescer no futuro.” 

Assim, os três horizontes são:

  • 1: Aprimorar
  • 2: Novos negócios
  • 3: Experimentação

No primeiro horizonte, trabalha-se o core business. Afinal, a empresa precisa de novos olhares. Aqui, o foco é em resultados mais rápidos. 

No segundo horizonte, olha-se para novos negócios. Porém, com base no que a empresa já conhece e entende. É basicamente uma extensão do modelo principal. Mas buscando uma nova fonte de receita. 

Por fim, no terceiro horizonte, é hora de experimentar e testar. Aqui é o momento de arriscar fora do core business. Precisamos olhar para isso!

O ideal é que esses três horizontes estejam sistematizados, para que o processo de inovação garanta o gerenciamento das incertezas. Mas, lembre-se: todo caminho é um teste. Portanto, novos negócios e modelos precisam ser testados e validados. 

Entendi essa importância, mas tenho prioridades no core business

Claro que você possui prioridades para as atividades de inovação e os problemas estão pulando na sua frente. Por isso mesmo que falamos em Horizonte 3. Ele não é a prioridade, mas não pode deixar de ser olhado. 

E pra quê essa conversa? Para te dizer que é importante conhecer startups de outras áreas. Olhar os modelos de negócio, as formas de atuação. Seja para investimento, seja para absorção futura. 

Dessa forma, é possível chegar à conclusão de que não devemos enxergar as startups apenas com o olhar dos problemas atuais, do mercado atual e do cliente atual. E sim com uma visão do amanhã. 
É sim muito importante trazer startups para me ajudar a resolver os problemas hoje. Ninguém disse ao contrário. Mas não podemos esquecer, de modo algum, o futuro quando o assunto é inovação.