Para identificar oportunidades e gerar inovação com elas, é preciso ter gestão de inovação. É que inovações não são geradas do nada. Uma ideia brilhante não vai cair na sua cabeça como uma maçã. 

Portanto, é preciso que uma empresa tenha processos sistematizados. Assim, é necessário criar um caminho para a ideia percorrer até gerar uma inovação. A isso damos o nome de gestão da inovação. Ou seja, gerenciar os processos de inovação. 

Mas quais são os passos desse caminho da inovação?

A ISO 56002, de Sistemas de Gestão da Inovação, nos mostra alguns passos:

  • Identificar conceitos;
  • Criar conceitos;
  • Validar conceitos;
  • Desenvolver conceitos;
  • Implantar soluções. 

Então, tudo começa a gestão de insights ou ideias. Ou seja, é preciso identificar oportunidades para inovar. É sobre esse ponto que quero tratar mais a fundo.

Isso significa que quanto mais ideias uma empresa tiver, mais chances de lançar soluções inovadoras. E aí que mora o desafio: na gestão de insights, na classificação e armazenamento dessas ideias. 

Quando uma ideia nova chega, é necessário percorrer alguns passos para que ela vire uma inovação de fato. Não é simplesmente inseri-la dentro da empresa de qualquer forma. 

Fazendo seu banco de ideias

Uma das formas de identificar oportunidades é fazer um banco de ideias. 

O banco de Ideias é um local onde empresas organizam ideias com potencial de trazer soluções inovadoras para as empresas. Dessa maneira, ele pode orientar a empresa no desenvolvimento das inovações. 

O ideal é que as equipes organizem desafios ou pensem em problemas para solucionar. Assim, podemos ter os times trazendo ideias e pensando nos problemas propostos nos desafios.

Algumas ideias para fazer isso são:

  • Programas de cocriação;
  • Caixinha de sugestões;
  • Brainstorms;
  • Dinâmicas com clientes;
  • Entre outros.

Uma vez que a ideia é recebida, precisa ser documentada. Ou seja, precisa ser escrita para não se perder no campo das ideias. É necessário que dê o primeiro passo para entrar no mundo da prática. 

Assim, elas devem ser organizadas a partir de critérios técnicos. É necessário classificá-las antes de inseri-las no banco. Inclusive, mesmo que determinada ideia não seja importante nesse momento, o ideal é guardá-la para projetos futuros.

Depois de definir a ideia, é necessário alinhar a maneira de implementação. Isso serve para acompanhar o seu desenvolvimento. Também é muito importante mensurar os resultados, com a criação de indicadores. 

Mas atenção! Esse fluxo não pode ser quebrado. É preciso que sempre haja maneiras para captar novas ideias.

Infelizmente, poucas empresas colocam a gestão da inovação em prática

Falando assim, parece óbvio. É ideal que as empresas coloquem a gestão da inovação em prática, não é? Que olhem para o caminho da inovação e pensem “quero muito que minha empresa seja assim”.

O grande problema é que as empresas ainda não pensam de forma sistematizada. Trocam poucas ideias sobre o assunto e desistem rápido. Como não dá resultado imediato, acham que a inovação é algo complicado. Assim, se focam apenas em pequenas melhorias. 

Mas, o caminho da ideia à inovação auxilia para que o fluxo seja constante. Isso faz com que o futuro da empresa seja mais promissor. É o que a ISO 56002 fala sobre a renovação sustentada de portfólio de ofertas. 

Dessa maneira, a ISO coloca para nós que as empresas precisam criar portfólios de oferta (seja produtos ou serviços) de maneira sustentada, sistematizada e periódica. O que faz com que a organização seja mais alinhada e os resultados mais positivos. 

Ou seja, pensar na gestão da inovação faz com que esse caminho se torne contínuo. Ele passa a ser sistematizado, com visão, indicadores e mensuração de resultados. 

Além disso, sistematizar o processo contribui para o aumento de portfólio de produtos. E para um posicionamento da empresa como inovadora. 

Por fim, entendemos que a gestão da inovação é um fluxo que não pode parar. Se você quer que sua empresa participe desse caminho, não esqueça desse trabalho!