Já falamos muito aqui que a inovação aberta trata de ideias externas às equipes de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de uma empresa. Assim, uma das maneiras de se conseguir isso é com desafios e programas de startup.
Esses desafios envolvem, em sua maioria, algumas etapas específicas. São elas:
- Coleta de problemas – a empresa passa por uma ação com os times internos para coletar os problemas que serão a base para os desafios.
- Chamada de startup – após a primeira etapa, é estruturada uma chamada pública de startups, que podem submeter soluções para os problemas apresentados.
- Aceleração – na maioria dos casos, as startups selecionadas passam por um programa com mentorias para melhor formatar seus negócios
- Implantação – os testes mais bem sucedidos são implantados.
Mas, será que é possível seguir a inovação aberta sem necessariamente utilizar desafios? É o que vamos falar no artigo de hoje.
Como funcionaria a inovação aberta sem desafios
Dentro da inovação aberta, os desafios e programas de startup auxiliam muito. Mas, eles não são a única maneira de atuação.
Ou seja, não podemos ter caixinhas pré-moldadas com jeitos certos ou errados de programas de inovação. Sejam voltados ao relacionamento entre startup e empresa ou não.
Primeiro, devemos entender a cultura da empresa. Só após isso, é necessário analisar o que ela quer com a inovação e, depois, orientar as melhores ferramentas e dinâmicas para essa implantação.
Inclusive, uma ação pode ser desenvolvida em paralelo com outra. Dessa forma, é possível fazer um desafio, mas também se conectar a um hub, por exemplo. Ou ainda montar uma prospecção direta para startups.
Porém, o importante aqui, acima de tudo, é entender que há outras formas de se trabalhar além dos desafios.
Maneiras de trabalhar a inovação aberta sem desafios
Como em tudo, existem prós e contras em se trabalhar com desafios e programas para startups. Dessa maneira, para cada uma das etapas, eu trouxe uma alternativa.
Coleta de problemas
A empresa costuma olhar para o hoje e para como a inovação pode resolver alguma questão que está acontecendo agora. Assim, deixa apenas para a equipe de P&D as atividades de inovação de projetos mais estratégicos.
Porém, aqui mora um ponto de atenção. Eu posso sim ter startups para me ajudar no hoje. Mas, eu também posso olhar startups para atender novos mercados ou fazer o que eu não faço. Sempre é preciso ter um olhar para o hoje e outro para o futuro.
Chamada de startup
Esse caminho requer um investimento em plataformas e anúncios, além de uma grande divulgação.
Isso é bom, já que a empresa pode realmente captar uma ideia que não captaria se fizesse de outra forma.
Mas, é possível fazer essa ação ou na prospecção tecnológica de startups ou ainda se conectando a hubs de inovação.
Aceleração
Nem toda startup que tem uma solução boa para a empresa é nova. Algumas já estão na fase de tração ou são scale-ups.
Dessa forma, os desafios que prevêem aceleração acabam não sendo atrativos para esses negócios. Assim, a empresa pode perder em conhecer algo interessante e com qualidade.
Implantação
Nesse caso, se mantém o desenvolvimento das POCs para analisar os resultados da implantação.
Inovação aberta é uma forma de se manter competitivo
Independente da maneira, a inovação aberta pode ser feita com resultado quando bem planejada. Até porque, se manter competitivo é fundamental para empresas.
Assim, com ou sem desafio, o objetivo continua o mesmo. Inovar de maneira sistematizada para crescer.