Na inovação aberta, um grande desafio é gerenciar os fluxos de conhecimento. Organizar quando chega uma ideia, olhar para o trato dela com a equipe. Aplicar a validação, passar pelo desenvolvimento… 

Assim, a solução vai sendo construída por diferentes conhecimentos que vão se integrando ao longo do processo. Por isso, falamos que inovação aberta é muito mais que simples parcerias. É um arranjo em que todos contribuem para a geração da solução inovadora.

De maneira geral, fluxo de conhecimento é o conhecimento que cada pessoa coloca em uma ação. Por exemplo: Eu tive a ideia de fazer um novo sensor. Após isso, outra pessoa pode pensar “mas esse sensor pode funcionar com luz do sol”. Então, os conhecimentos são unidos e tornam-se um fluxo.

A importância dos fluxos de conhecimento

Muitas instituições e empresas já entendem a importância de promover ações em busca da inovação. Seja com startups, institutos de pesquisa, internamente ou com clientes. 

Mas, por vezes, ainda falta gerenciar de maneira correta esses fluxos de conhecimento.

Esses dias eu estava relendo o livro Novas Fronteiras em Inovação Aberta. Do Henry Chesbrouh, Wim Vanhaverbeke e Joel West. Me deparei com esse conceito:

“A inovação aberta é um processo de inovação distribuída. com base nos fluxos de conhecimento propositadamente gerenciados em toda a fronteira organizacional. utilizando mecanismos pecuniários e não pecuniários alinhados com o modelo de negócio de cada organização. Os fluxos de conhecimento podem envolver fluxos de entrada de conhecimento para a organização focal. (alavancando fontes de conhecimento externo por meio de processos internos). fluxos de saída de conhecimento de uma organização focal (alavancando o conhecimento interno a partir de processos de comercialização externa) ou ambos (acoplando fontes de conhecimento externas às atividades de comercialização)”.

Achei muito interessante. Podemos ver que inovação aberta está ligada ao fluxo de conhecimento e ao processo como um todo. 

Dessa maneira, é fundamental impulsionar esses fluxos para que o processo permaneça caminhando.

Como impulsionar os fluxos de conhecimento?

Ao gestor de inovação, cabe não só estar atento às oportunidades. Mas conseguir conectar esses conhecimentos de maneira fluída. Assim, a solução será realmente inovadora. 

Temos no início do funil de inovação a possibilidade de captar ideias. E precisamos conectar e interligar os diferentes conhecimentos. Isso para compor a solução na inovação aberta. O grande desafio, portanto, é o de gestão. 

Dessa forma, a abertura para a possibilidade de fluxos é uma parte fundamental da gestão. Para isso, a empresa deve ter uma uma gestão da inovação bem estruturada.

Gestão da inovação significa gerenciar todas as atividades ligadas à inovação em uma empresa. Por meio de ações, organização de fluxos e criação de processos, elas podem seguir um caminho até chegar ao mercado.

Direcionando os fluxos

Também é muito importante que a empresa atue para trabalhar os fluxos de conhecimento no funil de inovação. Direcionar a partir de problemas reais que precisam ser solucionados. Ou mesmo, olhando para o futuro. 

Isso não significa fechar a proposta. Mas sim, dar um direcionamento para que ideia e solução inovadora se volte de fato ao resultado. 

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É importante estar atento ao fluxo de conhecimento. Saber aproveitar ao máximo essa perspectiva. E, principalmente, reter esse conhecimento na companhia. Assim, você conseguirá dar passos maiores na busca pela solução inovadora.