Inovação disruptiva e radical? Mas que palavras são essas?
Quando uma empresa desenha uma solução inovadora, espera-se que ela tenha alto impacto, certo? Isso é o comum. Até porque, inovar é uma necessidade. Inclusive para quem quer continuar no mercado de maneira competitiva e saudável.
Porém, às vezes, ela é disruptiva e, outras vezes, é radical. Ou mesmo incremental. Você já conhecia esses termos?
De maneira direta, inovação é: “entidade nova ou alterada que realiza e distribui valor”. Isso de acordo com a ISO 56000. Mas, dentro desse conceito, existem outros termos e detalhes. Um exemplo é a inovação disruptiva e radical.
É sobre esse assunto que falarei no artigo de hoje. Assim, você vai entender a diferença entre ambas e também suas importâncias.
Qual a diferença entre inovação disruptiva e radical?
Primeiramente, é somente analisando os resultados que podemos determinar se algo é radical ou disruptivo. Não conseguimos fazer isso antes dessa solução ser criada e colocada para rodar.
E já adianto: toda empresa espera que uma inovação seja radical ou disruptiva. Você vai entender o porquê.
Para explicar melhor, vou usar como premissa os conceitos abordados pela ISO 56000. Aquela que traz os conceitos e as definições para o Sistema de Gestão da Inovação.
Lembrando que inovação é resultado. Dessa forma, sempre precisamos entender o impacto da solução inovadora.
Inovação radical
Inovação radical é uma inovação com alto grau de mudança. Assim, essa mudança pode ser ligada a uma empresa, sociedade ou instituição.
Por exemplo, o telefone celular foi uma inovação radical. Ele gerou um alto grau de mudança na sociedade. Outros exemplos podem ser o microondas à época ou ainda as airfryers atualmente.
Além disso, a ISO 56000 diz que inovação radical está no outro extremo da inovação incremental.
Apenas para deixar mais claro: inovação incremental é aquela que traz mudanças significativas. Tanto para produtos quanto para processos ou serviços. Por exemplo, os motores de carros flex. Eles mudaram a relação com os tipos de combustível.
Já a inovação radical é aquela que traz um alto grau de mudança.
Inovação Disruptiva
Já a inovação disruptiva é a que aborda, inicialmente, necessidades menos exigentes, deslocando ofertas já estabelecidas.
Dessa maneira, a norma considera que em comparação às ofertas estabelecidas, elas são, inicialmente, ofertas mais simples. Até mesmo com desempenho mais baixo.
Assim, normalmente são mais econômicas. Já que exigem menos recursos. Portanto, são oferecidas a um custo menor.
Entretanto, “podem criar novos mercados e redes de valor”. Tudo por poder abordar novos clientes e implementar novos modelos de negócio.
Neste caso, a disrupção ocorre quando uma proporção significativa de usuários adotarem a inovação. Caso contrário, não é considerada uma inovação disruptiva.
Um bom exemplo de inovação disruptiva é o Ifood e o Uber. Ambos criaram novos mercados e redes de valor.
O ponto da competitividade
Entender cada um dos conceitos é fundamental. Porém, o grande ponto é compreender que devemos cada vez mais buscar por inovações radicais ou disruptivas. São elas que vão permitir o salto de competitividade do seu negócio.
Ainda há muito esforço, apenas, para as inovações incrementais. O que é importante também. Mas, isso se dá, na maioria das vezes, pela falta de entendimento do gestor. Ele não vê a necessidade da inovação como investimento e sim como custo.
Além disso, muitas empresas ainda buscam inovações para resolver problemas atuais. Assim, não olham para o futuro. Ou seja: enquanto algumas empresas olham apenas para o hoje, outras estão analisando as tendências do futuro. Pensando em como transformar o mercado.
Olhar para a inovação disruptiva e radical não significa deixar de lado as melhorias dos processos já existentes. Mas significa que é necessário ampliar os horizontes e pensar no futuro também.
Afinal, na era do conhecimento, inovar é uma necessidade para se manter no mercado.