Henry Chesbrough é o grande nome da inovação aberta. E ele diz que o grande desafio das empresas hoje é o de gerenciar a inovação. Afinal, muitas empresas começam programas e ações de inovação sem antes entender que estratégia vão adotar. Ou como vão manter essas iniciativas. Ou identificar os resultados. Dessa forma, acabam tendo experiências ruins e entendendo a inovação apenas como um grande risco. 

A gestão da inovação é peça fundamental para que esse cenário não aconteça. Isso porque quando a empresa adota essa postura, a primeira coisa que ela vai fazer é se planejar. Vai pensar na estratégia. Vai definir de que forma trabalhar a inovação. Como vai acompanhar suas iniciativas. Os processos envolvidos. As pessoas e os demais recursos.

E é nesse processo de estruturar sua gestão da inovação que a empresa vai organizar seu funil de inovação!

Mas, o que é um funil de inovação?

O funil de inovação é um sistema onde entram ideias e saem soluções inovadoras. E a proposta dele é ter um espaço de entrada bem grande de ideias. E a partir de toda estrutura estabelecida no centro, selecionar as melhores. Depois validar e desenvolver. E com isso, deixar que saiam só as soluções inovadoras. 

O funil não é algo que você aplica apenas em um programa. Mas em todo o sistema de inovação. É basicamente o sistema que você vai montar para filtrar as ideias que chegam. Validar e desenvolver as soluções. 

Funil de inovação e a ISO 56002

A ISO 56002: 2019 sugere os caminhos e etapas que podem ser percorridos nesse funil. 

Como você pode ver na imagem acima, o funil traz momentos estratégicos da gestão da inovação. Como conduzir esses momentos é uma decisão da empresa. Tudo fica a critério da empresa. O funil é um orientador sobre etapas que devem ser criadas para avaliar, filtrar, validar e desenvolver as ideias.

Assim, ele começa com a busca de oportunidades, passa pela criação e validação de conceitos, depois para o seu desenvolvimento até o lançamento. 

Existe gestão da inovação sem ele? 

O funil é o coração do sistema de gestão da inovação. É por ali que passa toda a operação do sistema. Além disso, é a forma como a empresa consegue organizar seus processos de inovação. 

É muito importante que a inovação seja tratada de maneira sistematizada pela empresa e não em ações isoladas. Quando usamos o funil de inovação, é possível orientar o processo para diferentes fases. E além disso, entender como está a dinâmica de portfólio de soluções.

Como construir um bom funil de inovação?

Primeiro, a empresa precisa decidir o que ela quer da inovação. E o funil será o sistema pelo qual isso vai acontecer. Então, para ter um bom funil, ela precisa ter a visão, o objetivo, a estrutura e a expectativa de resultado. Sozinho, o funil não funciona

Assim que você souber o que quer. Com quem quer trabalhar. Que estrutura pode oferecer. Você olha para o funil de inovação e sistematiza tudo. Gosto de desenhar programas que vão operar como um funil. Onde você capta a ideia, organiza, valida, desenvolve e lança. Um fluxo não linear que pode ir e voltar de acordo com cada ideia ou solução. 

Estratégia de tamanho certo

O funil de inovação é um sistema que pode ser aplicado para qualquer empresa. Grande ou pequena. Avançada ou não em inovação. A questão é saber ajustá-lo. Uma empresa menor, tem processos mais simples. Uma empresa robusta pode ter processos mais extensos. O cuidado é não dar um passo maior do que a perna. 

Além disso, é importante lembrar que em um funil, a mesma quantidade que entra, não é a mesma que sai. Criar a expectativa de que todas as ideias serão soluções inovadoras será frustrante para a empresa. Algumas vão dar certo, mas a maioria não. Isso porque a inovação pode ser planejada, mas ela é incerteza.