Uma das estratégias de inovação que tem se espalhado pelas empresas é o programa de ideias. Assim, a empresa consegue receber insights e sugestões que podem tanto gerar novos produtos, quanto resolver desafios internos ou melhorar seus serviços.
O foco dessas iniciativas são os colaboradores, clientes, fornecedores etc. Ou seja, qualquer público que a empresa julgue interessante para o seu negócio.
No entanto, nem tudo são flores. Se você lança um programa de ideias, precisa se organizar para reagir a todas as situações. As ideias boas. E as ideias ruins. É essa atenção que ajuda o público a não ficar desmotivado e continuar participando.
Se pensarmos em um programa interno. Feito com colaboradores, por exemplo. Esse tipo de programa movimenta a cultura da inovação em uma empresa.
Estamos contando com os colaboradores para trazer ideias que possam gerar soluções inovadoras. Portanto, estamos trabalhando com a expectativa das pessoas.
Dessa forma, imagine um colaborador que envia uma ideia e não recebe o retorno? Ou, recebe apenas um “reprovado” sem qualquer justificativa.
Você acha que essa pessoa volta a participar? Ou ainda, que ela vai divulgar e promover o programa? Portanto, dar feedback da ideia negativa é fundamental para o sucesso do programa. E talvez, seja a parte mais difícil de fazer…
Recusa baseada em critérios
Antes de qualquer coisa, é fundamental que o programa de ideias tenha critérios bem estabelecidos. Assim, a análise da ideia não será prejudicada por algum conflito de relacionamento entre os colaboradores.
Antes de tudo, a escolha de uma ideia deve atender a parâmetros profissionais. Desta forma, a liderança da empresa precisa entender e repassar de forma profissional o feedback.
Explicar o motivo da recusa da ideia. Ou seja, o que fez ela não atender aos critérios do programa.
De preferência, dê o feedback por telefone ou pessoalmente. É muito melhor do que por e-mail.
Como dizer não, sem prejudicar o programa?
Primeiro, é importante que as regras do programa e todo processo de avaliação estejam muito claras. Divulgue e explique as regras para os colaboradores.
Entendendo os processos de gestão da inovação, é mais fácil que eles aceitem a recusa da ideia sem levar como algo pessoal.
Além disso, é importante que a empresa tenha paciência de dialogar com seu colaborador nesses programas. Se um colaborador sempre envia ideias e elas não são aprovadas. Que tal chamá-lo para conversar? Ajudar essa pessoa a identificar uma oportunidade? Envolvê-la em algum projeto?
Para que a negativa não prejudique o programa, a empresa precisa se importar com o colaborador, acima das ideias. E pensar em ações e estratégias para mantê-los motivados.
DICA: Que tal propor um prêmio por participação? Destaque quem está participando mais, mesmo que as ideias não tenham sido aprovadas.
Como manter o funil do programa de ideias cheio
Um programa de ideias é parte de um funil de inovação. É preciso um volume maior de ideias inscritas, para que se tenha uma quantidade boa de ideias aprovadas. Por isso, é importante que a empresa mantenha ações que incentivem a participação.
Lance ciclos do programa com desafios específicos ou temáticas. Por exemplo: “Soluções para atendimento ao cliente”. Assim, você direciona uma temática e movimenta o programa.
E ainda, é importante que antes de criar o programa, a empresa estruture toda a dinâmica. As regras, os critérios, quem são os responsáveis, as etapas etc. Abrir o programa sem pensar nisso não vale a pena. Já te adianto que não terá resultado.
Ainda, se você reprovar muitas ideias e o programa, mesmo estruturado, não está cumprir com o desejado, talvez seja hora de repensar os critérios. Estamos trabalhando com um funil de inovação. E esse funil deve ir aos poucos eliminando aquilo que não serve. Mas se descartarmos tudo no início, dificilmente teremos a solução inovadora no final.