A tomada de decisão de contratar uma ou mais pessoas para compor o time de uma startup é muito importante. Deve ser pensada e analisada de muitos ângulos, entre eles o estratégico e financeiro. Isso porque, quantidade não significa qualidade.

Cinco pessoas bem escolhidas e alinhadas podem fazer um trabalho muito melhor do que dez pessoas desmotivadas onde suas habilidades não se completam.

Tão importante quanto a formação ou o currículo do candidato, é a capacidade dele de aprender e de estar aberto aos objetivos do seu negócio – o famoso “vestir a camisa” da empresa.

Pessoas buscam um propósito em startups

A vontade de fazer uma empresa dar certo não garante que isso aconteça, bom seria se fosse, né? O que eu quero dizer aqui é:  é muito importante ter pessoas motivadas e animadas com o propósito da startup. Mas isso precisa estar somado às habilidades delas. Ou seja, antes de ter alguém para compartilhar um propósito, a startup precisa ter o seu muito bem definido.

Pessoas se engajam naquilo que acreditam. Por isso, é preciso ter clareza quanto a missão, visão e valores do negócio. Assim, será mais tranquilo buscar por colaboradores que possam compartilhar o propósito.

Já comentamos aqui sobre não haver uma receita de bolo da contratação, as necessidades de cada empresa variam de acordo com o ramo de atuação e com as peças que já fazem parte do projeto.

Então, é possível começar por áreas mais operacionais do que estratégicas. Ou seja, contrate alguém que possa te auxiliar no operacional para você ficar livre para pensar no estratégico e conseguir executá-lo. Além disso, procure alguém que tenha competências que você não tem. É muito melhor ter um negócio com uma equipe multidisciplinar do que com pessoas que atuam da mesma forma que você.

Startup saiba que é melhor “o quê” do “quem”

Rogério Cher, no livro Empreendedorismo Inovador, ressalta que é muito melhor começar um negócio sabendo com quem. Desta maneira, é melhor você ter afinidade com o potencial da pessoa. Do que você definir o que será feito e de qualquer maneira encaixar uma pessoa. Por isso, melhor se orientar por aquelas que estão dispostas a ouvir e a crescer.

Os desafios, segundo Cher, devem ser moldados a partir dos perfis e não das tarefas.

“O empreendedor deve priorizar a subida das pessoas certas para dentro do barco – e as erradas para fora dele – antes mesmo de se descobrir para onde rumar a embarcação”.

Assim, antes de montar um bom time é preciso se organizar no propósito, identificar talentos e daí elencar as tarefas.