A estratégia de inovação empresarial é uma decisão da empresa. E como qualquer estratégia, precisa haver investimento. Assim, na hora de buscar novas soluções para o seu mercado ou para os seus desafios, a empresa pode escolher entre ser proativa. Ou reativa. E essa escolha faz muita diferença.
Muitas empresas querem inovar, mas nem sempre adotam uma postura proativa para que isso aconteça. Elas esperam ser procuradas pelas startups, pesquisadores etc. É uma decisão da empresa adotar essa postura? Sim. Você pode perder boas oportunidades adotando essa postura? Também.
Antes de mais nada, acredito que não ser proativo leva a uma restrição de insights. A empresa fica à mercê dos que buscam por ela. Ela abre mão de conhecer coisas novas. Soluções e iniciativas que não pensaria sozinha. Mas que podem ser do seu interesse.
Na verdade, essa é a grande beleza da inovação. Abrir a cabeça para pensar fora da caixa. Se aproximar de “coisas” novas. E quando você quer inovar, mas não se movimenta para isso, pode acabar tendo o mínimo dessa experiência.
Como ser uma empresa proativa?
Acima de tudo, tenha uma estratégia de inovação empresarial definida. Se sua empresa está começando a inovar, você não precisa iniciar um grande programa de cara. Assim, você pode dar os primeiros passos se aproximando de ambientes de inovação.
Pense: como posso estar perto de startups? Posso me conectar a hubs e incubadoras?
Além disso, você pode fazer ações para conhecer grupos de pesquisa, Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) etc.
Saiba quais são as perguntas certas!
Quando falo sobre ter uma estratégia, é também sobre entender o que você procura. Ou seja, além de se aproximar desses ambientes, é fundamental que você saiba o porquê está fazendo isso.
Na inovação aberta, falo sempre que não temos as respostas, mas temos as perguntas. Se sabemos fazer essas as perguntas certas, a chance aumenta muito para o desenvolvimento da solução inovadora.
Portanto, que pergunta sua empresa quer que uma startup ou pesquisador responda? Pense sobre isso!
Inovação empresarial exige investimento
Há uma grande diferença, do ponto de vista de investimento, entre ser proativo ou não.
Principalmente nos processos internos de gestão da inovação.
Receber e tratar insights é uma coisa. Agora, quando você busca por algo, tem toda uma organização de como fazer. E isso é fundamental para que essa ação seja mais eficiente.
Dessa forma, a empresa que atua de maneira mais proativa precisa de estrutura. É investir para inovar.
Inovação empresarial na prática
Na prática, você pode adotar posturas proativas ou reativas diferentes para cada grupo com quem quer trabalhar. Inclusive, você pode ser proativo com um grupo. E reativo com outro. Ou seja, tudo é uma questão de decisão.
Ainda assim está em dúvida sobre como ser proativo ou reativo na inovação empresarial? Vou deixar alguns insights sobre estratégias para cada tipo de grupo:
- Instituto de pesquisa
Reativa: abrir um canal no site da empresa e esperar que o pesquisador mande um projeto.
Proativa: fazer a prospecção tecnológica em banco de artigos científicos. Assim você identifica qual pesquisador tem conexão com você.
- Colaboradores
Reativa: abrir uma caixinha para ideias.
Proativa: fazer a coleta de ideias ser diferenciada. Possibilitar que o colaborador estude novas dinâmicas de mercado, por exemplo.
- Startups
Reativa: abrir um canal no site da empresa e esperar que a startup mande um projeto.
Proativa: se conectar com hubs de inovação, para conhecer novos projetos e desenvolver em conjunto soluções piloto.
Sobretudo, a decisão da melhor estratégia, vai depender da estrutura da empresa. Se minha estrutura é pequena, a melhor estratégia é ser reativa.
Agora, se tenho uma estrutura maior, minha estratégia pode e deve ser proativa. Essas decisões fazem a diferença para que o sistema de gestão da inovação realmente traga resultados.