A gestão da inovação na prática é uma estratégia cada vez mais adotada pelas empresas. É uma forma de ela se manter competitiva. De colocar novas soluções no mercado. De melhorar resultados internos, entre outros.

Para isso, é fundamental que além de querer inovar, a empresa estruture um sistema e tenha uma gestão da inovação na prática. 

O Sistema de Gestão da Inovação vai orientar todos os processos da empresa. De forma que ela consiga identificar, desenvolver e medir resultados das iniciativas de inovação.

No entanto, estruturar esse sistema não é apenas criar regras. É importante que ele seja formatado em cima dos desejos e objetivos da empresa. Por isso, existem alguns passos para começar. E é sobre eles que vou falar hoje. 

1 – Defina o que é inovação

O que é inovação? Essa é a pergunta que começa esse trabalho. Inovar é buscar um determinado resultado. Mas antes de pensar nisso, a empresa precisa criar seu conceito de inovação. 

Sabe quando a empresa cria sua visão, missão e valores? Então, da mesma forma ela tem que também pensar o que é a inovação para ela. É trabalhar com parceiros externos? Gerar resultado financeiro? É criar novos produtos? 

Esse momento exige uma contextualização. E deve ser feito com a alta hierarquia da empresa. É um momento estratégico, na qual esse grupo deve entender os conceitos de inovação. Entender como ela pode acontecer.

E a partir disso dizer: o que é inovação para nós? 

2 – Olhe para as partes interessadas

Agora que eu já sei o que é inovação, vou pensar nela a partir das partes interessadas. Ou seja, vou olhar para os atores que fazem parte do meu ecossistema. E pensar como a inovação pode atender aos problemas e desafios da minha relação com eles. 

Exemplo, uma parte interessada são os clientes. Outra são os fornecedores. Outra são os colaboradores. Como eu posso e como eu quero trabalhar inovação para esses públicos? Que problemas e necessidades deles eu posso resolver por meio de soluções inovadoras? Quais são seus desejos? Mesmo que eu ainda não saiba quais, agora é hora de se colocar no lugar. 

Importante é que não deve ser inventado. Somente um conhecimento bem próximo das partes interessadas vai te ajudar a ser mais preciso. 

3 – Estabeleça os objetivos

Antes de tudo, você precisa entender que inovação é resultado. Ou seja, ela precisa ter um objetivo definido. Assim, a pergunta nesse momento é: qual é o resultado que eu quero alcançar inovando? 

Pensando nas partes interessadas, trabalhadas no item acima, a inovação pode ter fins diferentes para cada uma. 

Para o colaborador pode ter como fim otimizar processos internos. Já para o cliente pode ter como fim novas soluções. Para o fornecedor pode ser voltado a redução de custo. Enfim, é importante definir os objetivos. Afinal, para você saber se está dando certo, precisa saber que resultado deseja.  

4 – Crie os processos

Agora é hora de pensar no como! De que forma você vai atrás dos resultados que está buscando com inovação? Vai envolver parceiros externos? Criar programas internos? Trabalhar com instituições de pesquisa? Com startups? 

Para cada uma das frentes que você escolher, precisa pensar no processo. São eles que farão parte da gestão da inovação na prática. É importante entender que cada tipo de relacionamento tem suas características. Com uma startup, pode ser algo mais rápido. Um projeto de pesquisa já demora mais. 

E também, ser realista sobre como as coisas são na empresa. Adianta criar um processo que você sabe que a empresa não está pronta para conduzir? Inovar exige adaptação e mudança de cultura, por isso seu sistema de gestão estará sempre sendo revisado. 

5 – Estabeleça a estrutura

Pensou o que é inovação? Definiu para quem você vai inovar? Estabeleceu quais são seus objetivos? E por fim, como você vai fazer? Agora é hora de pensar na estrutura. 

Para realizar o que você está propondo e alcançar seus objetivos, o que você precisa? A estrutura vai desde ambientes físicos, até recursos humanos e investimentos. 

Aliás, não há inovação sem investimento. Empresas começam a inovar sem se estruturar. O que acontece é que não se torna sustentável. Em algum ponto, vai sobrepor outras atividades. Vai comprometer o andamento e assim, o resultado. Ou seja, a inovação em si. 

E também é importante tirar da mente que startups vão fazer testes e validações de graça. Ou que universidades fazem pesquisa sem custo. É preciso colocar dinheiro sim. Por acaso alguma coisa em uma empresa é de graça? Por que então seria a inovação? 

Depois de dar esses cinco passos, você terá o desenho macro do seu sistema e estará preparado para começar a gestão da inovação na prática.  Esse processo de construção deve envolver a alta hierarquia da empresa. E depois, ser apresentado para os colaboradores que estarão envolvidos. 

Reforço que o Sistema de Gestão da Inovação deve sempre ser revisto. E reformulado, conforme mudam os objetivos e visão da empresa. Montou o sistema? Agora é colocar a mão na massa!