Uma ideia com potencial de inovação pode surgir a qualquer momento dentro de uma empresa. E pode vir de qualquer lugar. Principalmente se a empresa estimular a criatividade e a interação Mas, afinal, o que fazer com essa ideia quando ela aparecer? 

Toda a inovação parte de uma boa ideia. Mas, antes de tudo, é importante salientar que inovação é o resultado. Já uma ideia ainda está no campo do pensamento. Portanto, para colocar uma ideia para rodar, é preciso de execução.

Se você teve uma boa ideia e acredita que ela tem o potencial de inovação, nesse texto vou te dizer como agir. 

Coloque a ideia com potencial de inovação no papel

Quando lemos e falamos sobre ideias, parece que passo a passo está distante, não é mesmo? Mas vou deixar tudo mais claro. 

Assim, o primeiro passo é tirar a ideia da cabeça e colocar no papel. Alguns podem até dizer “ah, mas alguém pode roubar”. Porém, se sua ideia é tão simples que todo mundo consegue roubar, talvez você precise colocá-la em prática logo, para ser o primeiro.

Além disso, mesmo se sua ideia com potencial de inovação for mais complexa, colocá-la no papel é ainda mais necessário. 

Uma dica para isso é fazer um Business Model Canvas ou um Canvas de Projeto. Dessa maneira, será possível visualizar de uma forma mais prática, clara e direta quais as medidas tomar.

Converse com o cliente

Após colocar tudo no papel, de maneira organizada, o segundo passo é iniciar o processo de validação. Ou seja: validar com o próprio cliente se a sua proposta faz sentido.

Fique tranquilo, essa não é uma etapa eliminatória. Ou seja, se ele não gostar, você não vai precisar abandonar a proposta. Porém, é extremamente importante para a análise do seu cliente e de como ele se comporta diante da iniciativa. Então, você conseguirá fazer algo mais orientado às necessidades. 

Até porque, precisamos lembrar: uma ideia com potencial de inovação, para se tornar uma inovação de fato, precisa ter resultados!

“Ok, Tati, mas como eu tenho plena certeza desses resultados?”. É aí que entra o terceiro passo: o MVP. 

Use o MVP para validar sua ideia com potencial de inovação

Para descobrir os resultados, o ideal é fazer um MVP (Minimum Viable Product, em inglês ou Mínimo Produto Viável, em Português). Isso significa fazer um protótipo. Ou seja: um produto já pronto e no início da comercialização. 

E quando falamos em “mínimo”, é “mínimo” mesmo. Dessa forma, significa fazer o mínimo de esforço, ter o mínimo de investimento e gastar o mínimo de tempo para ter uma solução.

Sendo assim, o MVP não é a solução completa, com todas as suas funcionalidades. Porém, é aquilo que pode ser testado, validado e monetizado. 

Eu considero que o MVP tem três fases. Dessa maneira, ele só estará completo quando as três forem finalizadas.

Fase 1

Podemos considerar esse o primeiro escopo da solução. Aqui, envolvemos não só as funcionalidades, mas também o teste com os possíveis clientes. É a versão beta da ferramenta. Assim, ela é formulada para sentir como o cliente ou usuário vai usá-la. 

Aqui vão aparecer diversos erros, o que é normal e até importante, para entendermos os possíveis gargalos. Dessa forma, é possível ajustar os problemas e seguir em frente.

Fase 2

Esse é o momento de teste e validação da solução proposta. Ou seja: quando a entrega daquilo que o produto e o serviço estiver completa. 

Por exemplo: se sua solução se propõe a ser um software para produção de sites, o sistema estará finalizado apenas quando ele produzir o site. 

Fase 3

A etapa 3 é quando já houve monetização. Dessa maneira, já houve algum pagamento de cliente pela solução. 

E se houver mais de uma ideia com potencial de inovação?

É muito importante que empresas estimulem suas equipes a terem ideias com potencial de inovação. Mas é fundamental que essas ideias sejam guardadas, caso não venham a se tornar um produto ou serviço em si naquele exato momento.

Para isso, usamos o Banco de Ideias. 

O Banco de Ideias é um local onde as ideias com potencial de inovação são organizadas. Dessa forma, é um repositório  para auxiliar na criação de novos produtos e serviços.

Aliás, esse banco não precisa ser alimentado apenas por colaboradores. Ele pode partir de clientes, colaboradores ou institutos de pesquisa. 

Para captar novas ideias, tenho uma dica. Que tal organizar desafios e pensar em problemas que precisam de solução? Dessa forma, com os desafios escolhidos, há diversas iniciativas que podem ser feitas. Como:

  • Programas de cocriação;
  • Caixinha de sugestões;
  • Dinâmicas com clientes;
  • Workshops de brainstorm, entre outros. 

As ideias sempre vão surgir. É preciso aproveitar!

As ideias são o combustível para a inovação. Isso é fato. Assim, é preciso que as empresas atuem para estimular esse potencial.

É dessa maneira que uma ideia com potencial de inovação pode surgir e mudar o rumo de uma empresa. 

O conceito de inovação de Joseph Schumpeter, diz que para inovar é preciso fazer novas combinações. Olhar as coisas de diferentes formas e propor novos caminhos. Então, que tal pensar nisso?