É comum que as pessoas considerem que inovação aberta e fechada é igual a inovação interna e externa.
Além disso, também associam inovação aberta a soluções e ideias que vêm de fora da empresa. Isso não está completamente errado.
No entanto, não é apenas o que vem de fora que se encaixa nesse conceito. A inovação aberta também acontece dentro das organizações.
Ficou confuso? Calma que eu já vou explicar. Vamos começar por alguns conceitos:
inovação aberta é baseada no conceito de que as fontes de conhecimento para inovação são amplamente distribuídas pela economia
inovação aberta refere-se a um modelo de inovação que enfatiza os fluxos intencionais de entrada e saída de conhecimento pelas fronteiras de uma empresa
Ambos os conceitos acima são dos autores Henry Chesbrough e Marcel Borges. Estão no livro Novas Fronteiras em Inovação Aberta.
Antes de tudo, observe que nos dois trechos os autores falam sobre conhecimento. Eles tratam sobre as fontes e fluxos de conhecimento.
Portanto, quando falamos sobre inovação aberta é disso que tratamos. Conhecimentos vindos de fontes e fluxos diferentes dos tradicionais.
De onde vem a ideia?
Em primeiro lugar, para identificar se um processo é inovação aberta ou fechada, temos que analisar de onde vem a ideia. Se há fluxo de conhecimento, pode ser inovação aberta. Mesmo que seja uma ideia interna.
- A inovação gerada pelo setor de P&D – FECHADA
- Quando a inovação surge a partir de ideias do setor operacional – ABERTA
- Gerada a partir de uma demanda da direção – FECHADA
- Ideia vinda de um cliente/fornecedor – inovação ABERTA
Portanto, a inovação fechada surge e acontece a partir dos setores da empresa que são responsáveis por gerar/planejar novos produtos, soluções.
Por exemplo, a alta direção da empresa define que precisa digitalizar os processos de RH. Todo processo é feito internamente.
Essa é uma inovação fechada. Ou ainda, se para isso a alta direção contrata uma solução pronta. Também é uma inovação fechada.
No entanto, se alguém do RH sugere o uso de uma tecnologia de interação,, com o objetivo de melhorar os serviços aos clientes.
É uma inovação aberta. Por que usamos o fluxo de conhecimento interno para obter resultados na empresa.
Afinal, o trabalho do RH não é pensar soluções para a empresa. Dessa forma, quando ele apresenta algo, é inovação aberta.
Voltando aos conceitos de Henry Chesbrough e Marcel Borges. Na obra citada acima, eles classificam quando a inovação acontece em ambiente interno e externo à empresa:
- Fluxos internos: ideias e iniciativas de colaboradores da empresa. De qualquer nível hierárquico.
- Externos: clientes, universidades, startups, inventores independentes, outras empresas.
Mitos sobre inovação aberta
Essa confusão (que é comum) entre inovação aberta e fechada, faz com que surjam alguns mitos:
- Inovação aberta é igual a parceria;
- Ou é somente com startups;
- Toda ação interna não faz parte da inovação aberta;
- Não precisa de processos para atuar com inovação aberta;
- É aquela que não tem propriedade intelectual;
- A inovação aberta é pública e todo mundo fica sabendo.
Preciso optar pela inovação aberta na empresa?
Não necessariamente. Toda empresa precisa inovar para se manter competitiva. Então, o melhor momento para inovar é agora. Mesmo que você opte pela inovação fechada.
É importante observar que os ciclos tecnológicos estão cada vez menores. Por isso, a necessidade da empresa inovar é maior.
Por exemplo, a pandemia fez com que empresas precisassem se digitalizar mais rápido. Ou seja, ela empurrou essa inovação em algumas empresas que nem pensavam nisso. Inovar é um fator decisivo.
Portanto, os fluxos de inovação aberta podem contribuir nesse cenário. Porque uma empresa receberá de diferentes fontes ideias para inovar. A grande questão é saber gerenciar esses fluxos.
Além disso, é bom lembrar que qualquer empresa pode inovar, independente do porte, ok?
Enfim, que saber como começar? A Vlinder pode ajudar nesse processo e te ensinar a dar os primeiros passos!